Competência 2: Pensamento Científico, Crítico e Criativo
Veja o que os alunos precisam para o desenvolvimento do raciocínio
O que a BNCC diz
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Essa competência trata do desenvolvimento do raciocínio, que deve ser feito por meio de várias estratégias, privilegiando o questionamento, a análise crítica e a busca por soluções criativas e inovadoras.
Áreas que mais contribuem para seu aprendizado
Ciências da Natureza e Linguagens
O que os alunos precisam desenvolver (até o fim do Fundamental)
1. Exploração de ideias: devem ser capazes de testar, combinar, modificar e gerar ideias para criar formas novas de atingir objetivos e resolver problemas.
2. Conexões: correlacionar ideias específicas e amplas, prévias e novas, a partir de diferentes caminhos.
3. Criação de processos de investigação: elaborar planos de investigação para pesquisar uma questão ou solucionar um problema.
4. Soluções: questionar e modificar ideias existentes e criar soluções inovadoras.
5. Execução: avaliar e testar opções para colocar ideias em prática, aprendendo com erros e acertos.
6. Formulação de perguntas: elaborar perguntas para garantir uma base sólida para a investigação de um problema ou desafio.
7. Interpretação de dados: interpretar dados e informações de maneira precisa, considerando o contexto em que foram produzidos para se posicionar criticamente com base em critérios científicos, estéticos e éticos.
8. Lógica e raciocínio: utilizar raciocínio lógico, exemplos concretos e conhecimentos para fundamentar os passos ou procedimentos de sua investigação.
9. Desenvolvimento de hipóteses: formular hipóteses, considerar a mudança de variáveis e sustentar o raciocínio com observação, pesquisa, modelo ou teorias.
10. Avaliação do raciocínio e explicação de evidências: analisar e explicar como as evidências sustentam argumentos e afirmações, identificando informações falsas, falhas de raciocínio e diferenças de pontos de vistas.
11. Síntese: comparar, agrupar e sintetizar informações de diversas fontes, inclusive as próprias ideias, para elaborar uma explicação ou um argumento coeso e embasado.
Como relacionar essa competência às habilidades para planejar aulas?
A capacidade de investigar está presente em tudo quando se trata do universo do conhecimento, o que faz essa competência se conectar com todos os componentes curriculares. A competência traz um convite para que a investigação não seja conformista, mas ocorra de maneira crítica e criativa. Para sair dos caminhos óbvios, é essencial ensinar a formular boas perguntas, mais até do que saber a resposta certa. Afinal, é a capacidade de questionar que vai desenvolver o interesse e a autonomia para que continuem investigando. Crianças e jovens devem, então, aprender a explorar possibilidades: por que é assim? Tem de ser sempre assim? Posso aplicar esse conhecimento de outra maneira?
Em um mundo sempre em mudança, conseguir criar novas soluções é fundamental. Quem só aprender a reproduzir as mesmas respostas, não dará conta dos desafios que virão, certamente diferentes dos atuais.
Ainda que presente em todos os componentes curriculares, há um diálogo especial com Artes, pelas várias possibilidades de explorar a criatividade, e também com Ciências da Natureza, que tem em curiosidade e investigação palavras-chave para a aprendizagem da disciplina. Clique aqui para ver sugestões de como preparar uma boa aula de Ciências.
A competência na prática
Ano: 1º ao 5º ano
Componente Curricular: Artes
Habilidade da BNCC: (EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
Como abordar: Elabore atividades que permitam a experimentação de materiais, técnicas e linguagens variadas, incentivando a investigação de possibilidades e a liberdade de criação. Procure não dirigir, nem julgar o processo criativo dos alunos. Clique aqui para ver sugestões de caminhos para conduzir o aluno em seu percurso criativo.
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