Para usar com crianças bem pequenas

3ª Brincadeira: Olha a cobra! Explore o uso de cordas

Para fazer a atividade, as crianças andam, correm e pulam - e, assim, desenvolvem os movimentos corporais

Ilustração: Pedro Hamdam

No processo para conquistar autonomia, as crianças precisam desenvolver movimentos corporais – andar, pular, subir, descer, rolar etc. É também com o corpo que elas expressam seus estados afetivos: pulam de alegria, se recolhem quando sentem medo, batem os pés de raiva e assim por diante. Daí a necessidade de elaborar brincadeiras que ofereçam oportunidades para que elas se movimentem livremente em ambientes seguros e acolhedores. 

Que tal fazer isso estimulando a imaginação das crianças? A ideia, elaborada pelo professor Adamari Rodolfo Depetris, é utilizar cordas na brincadeira, instigando os pequenos a perceber a semelhança delas com as cobras. Como? Veja abaixo: 

Faixa etária: crianças bem pequenas 

Lista de materiais: Cordas de diferentes tamanhos e texturas.

Espaço: A atividade deve ser feita no pátio ou em uma área externa. 

Preparação: Esta atividade é realizada com pequenos grupos. Portanto, providencie jogos e brinquedos que possam ser utilizados pelas crianças que não estiverem envolvidas diretamente na brincadeira com as cordas. Você também vai necessitar da ajuda de outro profissional disponível. 

Conversa: Em roda, mostre as cordas para as crianças e as deixe manipular livremente, tocando, sentindo a textura delas, percebendo o tamanho etc. Instigue-as a perceber que a corda se parece com um animal e deixe que discutam sobre qual seria. Escute-as atentamente e valorize as hipóteses levantadas. Quando descobrirem que a corda se parece com uma cobra, sugira que imitem o animal, fazendo barulho e rastejando pelo chão. 

Fugindo da cobra: Sugira que as crianças escolham pares para brincar, e lembre-as de que todas irão participar, a seu tempo. Crie um ambiente de fantasia ao contar que a corda se transformou em uma cobra e que elas não podem mais encostar nela. Então, juntamente com o outro profissional, segure as pontas da corda no chão e comece a mexê-la. Varie a altura da corda e desafie as crianças a perceber se devem saltar ou rastejar para não encostar na “cobra” e passarem para o outro lado. Troque de corda para que elas tenham experiências com cordas de diferentes tamanhos e texturas. Caso alguma delas tenha dificuldade em pular, agachar, ou fazer outros movimentos, sugira que os próprios colegas a ajudem ou, caso não seja possível, peça para uma outra criança segurar a corda enquanto você auxilia aquela que necessita do seu apoio.

A cobra parada: Peça para que as crianças retirem os calçados. Coloque as cordas no chão para que elas possam andar em cima delas, tentando se equilibrar, sentindo melhor as texturas e dimensões. As cordas podem ser arrumadas como cobras com curvas sinuosas. Convide as crianças a passarem por cima da cobra, para que ela não se mexa e, assim, percebam que elas são mais fortes. Repita a atividade até que todos da turma tenham participado dela. Por fim, deixe a corda no chão para que brinquem livremente, explorando-a.

Inclusão: Identique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir uma criança de participar e aprender. Proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada uma delas. Incentive que as crianças se apoiem mutualmente quando alguma precisar de ajuda para fazer os movimentos que a atividade pede, mas esteja atento para auxiliar e oferecer apoio se necessário. 

O plano de aula completo, com orientações sobre a brincadeira com cordas, preparado pelo professor Adamari Rodolfo Depetris, está disponível aqui.

Mais sobre esse tema