Livros, artigos e sites sobre a obra de Henry Wallon e o papel da afetividade
Veja uma seleção de materiais para se aprofundar nos estudos do educador francês que colocou o afeto no centro da discussão sobre o processo de aprendizagem
“O método da Pedagogia da Presença é supersimples. O educador tem de se educar para escutar e educar-se para observar o conjunto dos acontecimentos reais que transcorrem ante os seus olhos, desde a hora em que chega até a hora de dormir.” Assim o pedagogo mineiro Antônio Carlos Gomes da Costa (1949-2011) resume as ideias que desenvolveu, visando melhorar a qualidade da relação entre professores e alunos. Para ele, que integrou a equipe responsável pela redação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a presença, ou seja, o relacionamento afetivo saudável entre educadores e educandos, é imprescindível no contexto escolar.
“É uma necessidade básica, pois o primeiro passo para o educando superar suas dificuldades pessoais é a sua reconciliação consigo mesmo e com os outros.”
Segundo Antônio Carlos, essa capacidade de fazer-se presente não é um dom, mas uma aptidão que pode ser aprendida.
As escolas Amorim Lima e Waldir Costa se basearam na Pedagogia da Presença e em ideias similares, entre outras, para consolidar as transformações pelas quais passaram.
O educador francês Henry Wallon (1879-1962) é outro defensor da afetividade como motor propulsor para a aquisição e consolidação do desenvolvimento humano e da aprendizagem. Para ele, o processo de evolução de uma pessoa depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente onde se encontra.
De acordo com Wallon, a afetividade apresenta-se de três maneiras: pela emoção, pelo sentimento e pela paixão. Para ele, a emoção é a mais visível das manifestações.
Quer se aprofundar no tema? Então confira estas leituras:
1- Por uma Pedagogia da Presença, por Antônio Carlos Gomes da Costa e Pedagogia da Presença.
2- Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo
3- Afetividade e aprendizagem: Contribuições de Henry Wallon, por Laurinda Ramalho de Almeida (Edições Loyola). Trata-se de um livro que aborda o conceito de afetividade no contexto escolar, numa análise das ideias de Henry Wallon. E se você quiser já ter o primeiro contato com Wallon, você pode consultar este texto.
4- Henry Wallon: Uma concepção dialética do desenvolvimento, por Izabel Galvão (Editora Vozes). A obra apresenta para o leitor como se dá, a partir da concepção de Henry Wallon, o desenvolvimento da pessoa nos vários domínios e nas relações com o meio social.
A educadora Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Amorim Lima, em São Paulo (SP) também fez uma lista com sugestões de leitura. Confira abaixo.
A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir, por Rubem Alves (Papirus Editora). Nesse livro, o autor descreve como funciona a Escola da Ponte, em Portugal.
A Roda de Conversa e a Democratização da Fala Nesse texto é possível encontrar algumas referências sobre esse método, que consiste na criação de um espaço de expressão para o educandos, no aprendizado da escuta dos outros e de si mesmo.
Currículo, Território em Disputa, de Miguel G. Arroyo Doutor em Educação, Miguel Arroyo descontrói o currículo e a grade curricular, abrindo uma outra possibilidade de Educação escolar.
Lúcia Cristina Cortez, diretora da Escola Waldir Garcia, de Manaus, também deu indicações voltadas principalmente para a Educação Integral, que você pode conferir a seguir.
Centro de Referência em Educação Integral Neste site você pode encontrar conceitos sobre Educação Integral.
Fundação SM – Práticas pedagógicas para Educação Integral, em parceria com Itaú Social e outras instituições ligadas à Educação Aqui, o Centro de Referências em Educação Integral, com o apoio de diversos parceiros, oferece um conjunto de materiais cuja proposta é trazer subsídios, ferramentas e dicas para que os educadores possam implementar práticas pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento integral dos estudantes.
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