Para se inspirar

5 dicas sobre planejamento, parcerias e registros para garantir a inclusão

Confira as sugestões da especialista Mariane Falco e das professora Miriam Nogueira e Anne Guimarães para conduzir um trabalho pedagógico sem deixar ninguém de fora

Na Cemei Ana Rosa Falcão de Carvalho, no Recife, a atuação da educadora da AEE vai além da sala de recursos. Foto:Priscilla Buhr/Nova Escola

Como garantir uma Educação inclusiva de verdade? Em escolas como a CEMEI Ana Rosa Falcão de Carvalho, em Recife, isso já é uma realidade. É a partir das experiências dessa e de outras instituições, e com a ajuda da especialista Mariane Falco, da Faculdade de Educação da USP, que NOVA ESCOLA preparou cinco dicas importantes na hora de planejar as atividades, observar os alunos e buscar parcerias com os colegas.

1.Observe com muita atenção 

Para conduzir o planejamento, conhecer todas as crianças é essencial. Vale observar interesses e possíveis limitações de todas elas. No caso daquelas que não se comunicam de maneira convencional, vale prestar atenção em sinais sutis: um brilho no olho, um sorriso, podem indicar as situações que trazem mais prazer a elas. 

2. Aproveite a brincadeira 

“Toda criança brinca. Se o professor entender a brincadeira como algo que traz prazer, ele vai observar o que deixa essa criança feliz e construir seu planejamento com base nisso”, aconselha Mariane Falco, da Faculdade de Educação da USP.

3. Confie nas parcerias 

Estabelecer parcerias também é fundamental. Na capital pernambucana, a professora do atendimento educacional especializado (AEE) da Cemei Ana Rosa Falcão de Carvalho, Anne Guimarães, atua junto às professoras na concepção das atividades e também em momentos de atendimento específico. “Costumo ir ao parque ou à sala observar e, em alguns casos, mostrar como é possível trabalhar com a criança quando há mais barreiras”, diz a educadora.

4. Registre 

Seja para trocar ideias e experiências com a profissional especialista, seja para fortalecer a parceria com as famílias, o registro é fundamental. “Sempre que noto algo de diferente ou tenho alguma dúvida, mostro vídeos ou fotos que coletei a Anne, educadora da sala da AEE, e ela me ajuda a compreender a situação e pensar em estratégias para a sala”, comenta Miriam Nogueira, da Cemei Ana Rosa Falcão de Carvalho. 

5. E compartilhe com as famílias a respeito do que registrou

Com as famílias, compartilhar os registros também pode ajudar a fortalecer. Por vezes, os familiares ainda se prendem a concepções antigas sobre a deficiência, que afirmavam que pessoas com características muito diferentes da maioria da população não eram capazes de aprender. “É direito das famílias de acompanhar o desenvolvimento das crianças. Além de tudo, ajuda a mostrar os avanços e a participação dessas crianças no ambiente escolar, juntamente com outros alunos”, diz Mariane.

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