Para o gestor

Baixe 2 modelos para formular um plano de ação e avançar na Educação antirracista em sua escola

Responda a perguntas importantes antes de começar a construir um planejamento para contemplar conteúdos afro-brasileiros, africanos e indígenas e as relações étnico-raciais na sua instituição

Ilustração abstrata de mulher utilizando o celular. Imagem focada no cabelo com fundos geométricos.
Ilustração: Yara Santos/NOVA ESCOLA

A máxima vale para pessoas e também para instituições, entre elas, a escola: a transformação de verdade não vem de fora, vem de dentro. “Precisamos deixar de lado a ideia de atender a legislação e abraçar o que é significativo para cada escola, com potencial para transformar aquela realidade”, diz a socióloga e educadora Priscila Elisabete da Silva, que atua com formação de professores na temática das relações étnico-raciais. 

Priscila Elisabete defende estender a formação na área para todas as pessoas que se relacionam com os estudantes: a merendeira, o porteiro, a faxineira. E trazer para dentro da escola esse olhar que valoriza os saberes e reconhece que todos nós temos algo a ensinar. 

A especialista também nota que, cada vez mais, as experiências exitosas em escolas vêm sendo documentadas, em sites como o do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), que atua em favor da equidade racial e de gênero. “Mas elas não podem ser pontuais. Não podem ser o exemplo para quebrar a norma, elas têm de ser a norma”, defende. Para tratar a diversidade racial não existe um modelo. “O gestor precisa ter coragem de olhar os documentos e acolher a legislação de acordo com a cara e o jeito da sua comunidade escolar.” Mas como fazer isso? 

Rosa Margarida de Carvalho Rocha, especialista em Estudos Africanos e Afro-brasileiros, Mestre em Educação e consultora deste Box, diz que não se alcança a consolidação das leis sem um plano de ação, sem pensar didática e pedagogicamente. E a formação para que ele saia do papel precisa acontecer no chão da escola. O ideal, segundo ela, é a gestão promover encontros para discussão de princípios, referenciais e pressupostos que ajudem a construir protocolos e o próprio plano de ação. “Todos devem participar de forma articulada, e isso inclui ouvir os estudantes e o conselho escolar”, diz Rosa Margarida. 

Rosa Margarida sugere dois documentos orientadores. O primeiro é uma lista de perguntas que a gestão escolar deve responder, levando em consideração o público, o contexto e o território onde se encontra a escola. A intenção é fazer a equipe gestora compreender como pretende dar início às ações imprescindíveis para a consolidação das leis, estimular a reflexão e listar estratégias possíveis. Clique no botão abaixo para abrir e fazer download do arquivo em Excel (para ser preenchido digitalmente).

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O segundo documento elenca princípios e lista sugestões de ações, compondo um modelo de plano de ação que deve ser modificado de acordo com cada contexto, realidade e necessidade da comunidade escolar. 

Clique no botão abaixo para abrir e fazer download do arquivo em Excel (para ser preenchido digitalmente). Note que o documento está dividido em duas abas, que podem ser localizadas e alteradas na parte inferior do arquivo.

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