Na prática: papel higiênico e barbante estimulam movimentos
O professor Jefferson Felix partiu de um material inusitado – pedaços de papel higiênico – para estimular a turma de crianças bem pequenas a se deslocar
QUEM FEZ
Jefferson Felix, EMEB Fernando Pessoa, São Bernardo do Campo (SP)
PARA QUE FAZER
O objetivo da atividade é incentivar a interação e a exploração ampla de movimentos, por meio de um material que desperta a atenção da turma.
COMO FAZER
A proposta aconteceu dentro da sala de referência, cujo espaço foi organizado com varais de barbante e pedaços de papel higiênico presos a eles. As mesas, cadeiras e o chão também foram cobertos por papel higiênico. O professor deve pensar nas especificidades do seu grupo de crianças, considerar a quantidade do material, pensar em um espaço que propicie interações e exploração ampla de movimentos. Deve ainda organizar o material de forma investigativa. Jefferson pendurou os pedaços de papel em barbantes para que as crianças pudessem puxar. “Colocamos muito papel pelo chão, mesas, cadeiras e não limitamos a exploração e significação das crianças durante a brincadeira”, explica. Antes de iniciar a atividade, o educador colocou as crianças em roda e convidou cada uma a expressar o que sentiu ao ver o espaço organizado daquela forma, o que sabia sobre o material utilizado e como gostaria de brincar com aqueles objetos. Após a conversa, as crianças iniciaram a brincadeira com o material.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM TRABALHADOS
- Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas (EI02CG02);
- Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações (EI02CG03);
- Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar e folhear, entre outros (EI02CG05).
APRENDIZADOS
A atividade trouxe grande diversão para a turma, com muita exploração e representações simbólicas: as crianças rasgaram e jogaram papel para o alto, colocaram sobre o cabelo, dançaram com ele, correram de um lado para o outro com bolas de papel na mão. “Algumas imaginaram estar nadando e que um grande monstro estava comendo o papel higiênico”, lembra Jefferson. Ao final da proposta, as crianças relataram as sensações que tiveram com essa experiência. Jefferson conta que as crianças expressaram que a sala parecia muito divertida e interessante e que gostaram de jogar tudo para cima e brincar muito. Elas relataram que usavam papel higiênico desde a limpeza do nariz até higiene de suas necessidades fisiológicas (xixi e cocô).
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