Uma atividade com embalagens e massinha
Inspire-se com a professora Cláudia, que, com materiais baratos, montou suas aulas sobre geometria espacial
Como evitar que uma atividade de Geometria se transforme em algo lúdico e deixe de explorar a aprendizagem da disciplina? A atividade proposta pela professora Cláudia Beatriz Silva Santos, da EMEF Comandante Gastão Moutinho, em São Paulo (SP) conseguiu resolver esta equação com materiais baratos como palitos de churrasco (sem pontas), palitos de dentes, embalagens comuns de papelão, jujubas e massinha.
Para a consultora Renata Gonçalves, a atividade proposta é ótima “pois possibilita relacionar as propriedades das figuras geométricas com o sólido”. De acordo com ela, a partir dos desafios propostos poderão surgir algumas hipóteses para os alunos como: “Como são as faces de um cubo? Quantos quadrados são necessários para construirmos um cubo?”.
Tem interesse em fazer essa atividade com sua turma? Veja abaixo um passo a passo completo:
Indicado para: crianças de 1º e 2º ano
Material: massa de modelar (uma para cada grupo de quatro alunos); um pacote de bala de goma por grupo; palitos de churrasco e de dente; embalagens de papelão vazias de pasta de dente, sabonete, barrinha de cereal etc.
Espaço: organize a sala de aula em grupos com até quatro carteiras.
Duração: uma semana
PASSO A PASSO
1. Ofereça o material: Apresente os materiais disponíveis como a massa de modelar ou balas de goma e palitos e peça para as crianças modelarem os sólidos geométricos sem o auxílio visual.
2. Estabeleça comparações entre os sólidos: Deixe evidente para a turma a diferença entre um cubo e um paralelepípedo. Nessa atividade, a consultora Renata Gonçalves lembra que “é importante usar a linguagem geométrica correta, mesmo com crianças pequenas. Incentivá-los a falar ‘cubo’ e não ‘dado’, ‘cone’ e não ‘casquinha de sorvete’”.
3. Use também as embalagens de papelão: Peça para as crianças separarem as caixas entre aquelas que rolam e as que não rolam. Depois, peça para as crianças escolherem uma caixa cada uma, explorar suas faces, arestas, vértices, fazer o contorno de suas faces, desenhar como seria a caixa aberta, abrir a caixa, pintar as figuras iguais, recortar suas faces, explorar o objeto. No entanto, é necessário prestar atenção na ordem de apresentação. “Perceba que fizemos a sequência inversa: a maioria dos professores apresenta o sólido planificado para a criança pintar e depois pede para as crianças montarem essas caixas. Com isso, na maior parte das vezes, essa atividade se torna apenas lúdica, deixando de explorar os saberes geométricos”, alerta Renata.
4. Inclua outras disciplinas: a professora Cláudia incluiu um pouco de Geografia para sua aula. Ela pegou o globo terrestre na biblioteca, que foi identificado pela turma como sendo uma esfera. Também trouxe uma cartolina para “abraçar” o globo. Para seguir esse exemplo, você deve checar o conhecimento prévio da turma sobre o tema perguntando: “Como vocês acham que ficaria uma esfera planificada: Dá para fazer isso?”. Em seguida, use a cartolina para envolver o globo. Quando você esticar o cilindro, a turma deve perceber naturalmente que a superfície da cartolina havia se transformado em um mapa-mundi.
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