PDF para baixar: Comparando o mapa atual do Brasil com o do Primeiro Reinado
Aproveite o Dia da Independência para ajudar os alunos a desenvolver habilidades de cartografia previstas na BNCC
Uma excelente maneira de trabalhar conteúdos de História com alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é levar para a sala de aula ou para o ensino remoto elementos de outras áreas do conhecimento. Disciplinas como Língua Portuguesa, Artes e Geografia são boas companheiras nessa missão, pois ampliam as possibilidades de se conhecer determinado período mais a fundo, estimulando um maior envolvimento dos estudantes no tema a ser trabalhado.
Ao longo da história de um país e comunidade, costumes, maneiras de se expressar e espaços podem sofrer alterações conforme a época e o sistema de governo. E isso pode ser mostrado de diferentes formas.
Os mapas são ótimos pontos de partidas para explicar mudanças decorrentes de fatos históricos, por exemplo. O território que hoje chamamos de Brasil se alterou diversas vezes no decorrer dos séculos, modificado por migrações populacionais, guerras e negociações diplomáticas. O 7 de Setembro é um excelente ponto de partida para começar esse trabalho com os alunos.
“Propor uma comparação entre o mapa de 1822, ano da Proclamação de Independência do Brasil, e dos dias atuais é uma oportunidade de explorá-los nas aulas de História, pois trata-se de mapas que sofreram alterações ao longo do tempo”, explica Giani Peres Pirozzi, coordenadora pedagógica e professora de Pedagogia (baixe um PDF com os mapas aqui ou ao final da matéria).
Segundo a educadora, a BNCC orienta que o professor proponha atividades de comparação de diferentes tipos de mapas, identificando suas características, quem os elaborou, as finalidades de cada um, além de estimular a comparação, identificado diferenças e semelhanças entre eles.
“Na aula de História, o professor pode ir além da observação dos mapas e explicar por que houve tantas mudanças, casando História com Geografia, ou seja, explicando as modificações dos espaços ao longo do tempo”, explica.
Durante a aula com mapas, Giani ressalta que é importante deixar as crianças pensarem sobre as diferenças dos mapas, por isso cabe ao professor elaborar perguntas.
Na atividade de comparação dos dois mapas, algumas questões podem ser abordadas pelo professor juntamente com o conteúdo de História:
- Ao longo desse tempo, ou seja, quase 200 anos, quais as mudanças que a demarcação territorial sofreu?
- O estado do Acre não existia.
- Havia um estado chamado Grão-Pará, que hoje representa o Amazonas e o Pará.
- O estado da Bahia sofreu muitas modificações em seu território. Parte da Bahia pertencia a Pernambuco.
Giani lembra ainda que, após levantados todos os pontos numa roda de conversa, o professor precisa sistematizar as respostas sobre as indagações. Essa organização pode ser feita em formato de lista, frases ou do modo como o professor achar mais adequado.
Despertando a curiosidade
Para além da História, o professor também pode problematizar a forma como os mapas são elaborados, de acordo com as épocas. Perguntas sobre esse assunto podem captar a atenção das crianças. Veja algumas.
- Os responsáveis pela elaboração de mapas tinham os mesmos recursos que os profissionais de hoje?
- Como eles faziam?
- Quais recursos tecnológicos temos para criar os mapas hoje?
Outra opção é estimular a pesquisa. O site do IBGE é uma fonte confiável para obter mapas escolares de diferentes períodos da história do Brasil. O professor pode sugerir que as crianças procurem outros mapas ali e tragam para a sala de aula. Com o material encontrado, o professor poderá criar um mural com uma linha do tempo com os mapas de diferentes períodos da história do Brasil.
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