Para usar com seus alunos

Sugestão de Atividade: analisando e desconstruindo quadros sobre Dom Pedro I

Estimule o olhar crítico dos alunos de 4º e 5º ano no contato com obras de Pedro Américo e Jean Baptiste Debret sobre a Independência

quadro de Pedro Américo foi feito 66 anos depois da independência e não condiz com a realidade exata do ato. Ilustração: Wikimedia Commons/Caronte Design 

Além dos mapas, quadros e obras de arte são grandes aliadas do professor na hora de ensinar a História do Brasil. Nesta atividade, a proposta é apresentar aos alunos dois quadros muito importantes para história do processo de independência e ajudá-los a reconhecer o que é fato e o que é exagero nas representações iconográficas da história brasileira. 

ATIVIDADE: FOI ASSIM MESMO QUE OCORREU A INDEPENDÊNCIA?

Trabalhe com quadros históricos com os alunos e incentive-os a identificar exageros na iconografia histórica


Indicado para: Turmas do 4º e 5 º anos do Ensino Fundamental 1

Materiais: Acesso à Internet, computador e plataformas síncronas (como Goggle Meet e Zoom). Em caso da atividade ser feita em sala de aua, pode ser necessário um retroprojetor para a apresentação das imagens.

Na BNCC: EF05HI07 e EF05HI02 

Duração: De 1 a 3 semanas 


PASSO A PASSO

1. Garanta que os alunos tenham noções básicas sobre a Independência: O processo de independência deve ter sido tratado em aulas anteriores. É importante que os alunos tenham conhecimento básico sobre o período e a construção do 7 de setembro. 

2. Compartilhe duas obras de arte: Por WhatsApp ou outro meio que preferir, apresente as duas imagens abaixo com seus respectivos créditos:

Independência ou Morte [O Grito do Ipiranga ocorreu em 7 de setembro de 1822]. Pedro Américo, 1888.

Coroação de Dom Pedro I [Coroação de Dom Pedro I ocorreu em 12 de outubro de 1822]. Jean Baptiste Debret, 1824.

3. Faça uma videoconferência: Reúna os alunos em uma plataforma síncrona ou em sala (em caso de retorno das atividades presenciais) para falar sobre os quadros. Pergunte o que eles veem em cada uma das obras, quais momentos do processo de Independência elas representam, entre outras questões que achar pertinente. 

4. Comparando os quadros: Ainda com as imagens expostas aos estudantes, entregue um quadro de comparação (clique no botão abaixo) e peça para eles preencherem. Também peça que eles escrevam um parágrafo abaixo da tabela, apontando as semelhanças e as diferenças entre as duas obras.

BAIXE O QUADRO DE COMPARAÇÃO

5. Reflita com os alunos sobre o primeiro quadro. Realizada a atividade, é possível explorar outros pontos da história relacionados às imagens nas aulas seguinte; dessa vez, com o objetivo de desconstruir a visão mais tradicional. Alguns deles:

- Destaque que o quadro de Pedro Américo foi feito 66 anos depois da independência e que não condiz com a realidade exata do ato. 

- Explique que cavalos não faziam o trajeto da Serra do Mar, por ser um percurso muito íngreme. Quem carregava os homens eram mulas, adaptadas a mobilidade nesse tipo de relevo.

- Conte que uniformes tampouco eram tão galantes e limpos como apresenta o quadro “O grito de Independência”.

- Ao fim das observações, explique que o autor da obra queria passar uma mensagem com a pintura e toda sua licença poética: de um Brasil unificado e forte.

6. Reflita com os alunos sobre o segundo quadro. A partir do quadro de Jean Baptiste Debret, conte aos estudantes que a data da Independência poderia ter sido 12 de outubro de 1822, data da coroação de Dom Pedro I, evento representado na pintura. Explique que o debate sobre qual data representaria o dia da Independência do Brasil foi acirrado durante anos no período do Império.

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