Leve o diagnóstico dos alunos para a Semana Pedagógica em 2021
Confira os pontos-chave para estruturar um modelo de avaliação que coloque o aluno no centro do processo de aprendizagem
Com todas as perdas de 2020, buscar fazer um bom diagnóstico dos alunos na Semana Pedagógica é central no planejamento. E não há outra forma de fazer que não seja em conjunto, na troca constante entre os professores de uma turma para a outra.
Além da discussão permanente entre a equipe e a divisão da turma em ciclos de aprendizagem, é preciso mapear as habilidades que foram desenvolvidas ou não. “Embora essa seja uma ideia notória em todas as escolas, sem um entendimento de todos os professores de quais são as habilidades essenciais, o planejamento não sairá do lugar”, explica a formadora de professores, sócia da Íntegra Educacional e membro do Time de Autores de NOVA ESCOLA, Renata Capovilla.
E é papel da gestão organizar espaços (ainda que virtuais) que privilegiam a troca de informações de um professor com outro, para que, trabalhando integralmente a aprendizagem, o aluno seja o protagonista do seu processo educativo.
A coordenadora pedagógica e especialista em gestão escolar pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Joice Lamb, elege estratégias para estruturar um diagnóstico que faça sentido para os alunos neste momento. Aqui elencamos pontos-chave para pensar o diagnóstico junto com a equipe, e estruturar um cronograma e formato de avaliação, sempre levando em conta que em cada escola e rede de ensino a realidade é única, ainda mais porque permeada por questões sanitárias específicas. Você pode conferir também o que fazer antes do início da Semana Pedagógica e como receber a equipe.
SEMANA PEDAGÓGICA, DIA 2: COMO FAZER O DIAGNÓSTICO DOS ALUNOS EM 2021
Indicado para: Diretores e coordenadores pedagógicos do Fundamental 1 e 2
Objetivo da reunião: Estipular a estrutura e como deve ser aplicada a avaliação dos alunos
Sugestão de leitura prévia para os gestores e professores: Pedagogia da Avaliação e Paulo Freire: Incluir para transformar, de Michael Quinn Patton e Vilma Guimarães.
PASSO A PASSO
1. Discuta o que é diagnóstico inicial e a importância dele. Comece conversando com a equipe sobre o sentido do diagnóstico, tanto das habilidades desenvolvidas quanto do sentimento de aprendizagem dos alunos. “Se o aluno está no centro [do ensino], é impossível iniciar o ano sem o diagnóstico, e se a escola é democrática, é impossível fazer individualmente. É preciso que se tenham ideias comuns”, explica Joice.
2. Encaixe o diagnóstico no calendário escolar. Ainda que os critérios para avaliação da situação dos alunos estejam especialmente fluidos neste momento, é importante definir o período de tempo do calendário escolar que será utilizado para fazer o diagnóstico.
3. Escolha um ponto de partida. Pense um tema ou alguns temas comuns a todas as turmas que devem ser discutidos com os alunos neste período de sondagem. Quais são as primeiras coisas que os alunos devem saber quando chegarem na escola? Eleja esses parâmetros em discussão com os professores.
4. Considere os ciclos. Divida as turmas por ciclos - Infantil, alfabetização, anos finais - para combinar a sondagem inicial, entre turmas e professores, de modo que eventuais deficiências possam ser sanadas de um ano para o outro. Essa sondagem por ciclo está na base do planejamento do ano.
5. Organize e compartilhe as informações. Os dados coletados devem estar organizados em planilhas. As planilhas devem ser acessíveis aos outros professores, e não só aos da mesma turma. “A escola é um todo. É preciso saber se as necessidades dos estudantes diferem de ano para ano. Organizar a informação coletada para poder analisar depois é importantíssimo”, justifica a coordenadora.
6. Reunião, reunião e reunião. Marque encontros individuais ou em grupos pequenos para discutir os resultados dos diagnósticos e iniciar o planejamento do plano de ensino de cada turma ou ano escolar.
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