Para usar com seus alunos

Atividades para observação e reflexão sobre o corpo

Quer inspiração para suas atividades de Educação Física? Veja como o professor Luiz Gustavo fez e crie sua própria atividade

Alunos do professor Luiz Gustavo Bonatto Rufino
Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

Depois das vivências do projeto “Ressignificando as visões sobre o corpo”, as crianças da EM Odete Emídio de Souza, em Paulínia (SP), passaram a entender e respeitar as diferenças e se aceitar melhor.

Para os que querem aplicar essas vivências em suas escolas, o professor Luiz Gustavo Bonatto Rufino tem um aviso: “Escolhi um conjunto de atividades que tinham a ver com o currículo e tinham a ver com as minhas experiências. Mas não necessariamente precisam ser essas. Podemos trabalhar o corpo e usar, por exemplo, a dança. Eu não trabalhei com a dança. As práticas corporais como a Base [Base Nacional Comum Curricular] coloca na Educação Física são maleáveis. Podemos ficar restritos nas que usei ou deixar isso em aberto”, explica.

Veja aqui um passo a passo completo.

Indicado para: turmas de todos os anos iniciais do Ensino Fundamental
Material: Cadernos ou papel sulfite para as crianças construírem seus cadernos de registros das atividades, giz, uma câmera ou a câmera do celular, tecido TNT, colchonetes.
Espaço: quadra, mas também podem ser usados corredores da escola, sala de aula, pátio etc.
Duração: de 10 a 15 aulas.

PASSO A PASSO

Alunos reunidos em roda de conversa em Paulínia
Os alunos discutiram os resultados do questionário em uma roda de conversa  Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

1. Mapeamento: Apresente o questionário (ver o conteúdo 2) e analise as respostas. Esse diagnóstico será importante para planejar os próximos passos.

2. Roda de conversa: A partir dos resultados do questionário, organize uma roda de conversa com os alunos e faça a leitura do poema de Eduardo Galeano “Janela Sobre o Corpo”, ou de outro texto ligado ao assunto.

Alunos do professor Luiz Gustavo Bonatto Rufino praticam malabares em quadra
A atividade com os malabares exige muita habilidade motora e pode ser uma oportunidade de reflexão  Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

3. Desafios: Organize atividades que desafiem o corpo, como corridas de 100 metros rasos ou ginástica, e peça para os alunos avaliarem como se sentem depois (se estão cansados ou não, se sentem dores, se ficaram eufóricos etc.). Esse também é o momento de incluir os malabares, que desafia os alunos a executarem uma tarefa que exige muita habilidade motora. É possível que eles se frustrem - e refletir sobre isso é parte da atividade.

4. Escrita: proponha que os alunos escrevam sobre sua história de vida, utilizando as folhas sulfite.

Os alunos de Luiz Gustavo Bonatto Rufino discutem em volta dos contornos desenhados em quadra
Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

5. Contorno do corpo: divida a turma em duplas. Um deve desenhar o contorno do outro com giz no chão da quadra e depois as silhuetas eram analisadas por todos. Eles podem desenhar as roupas que usam, o formato do cabelo, escrever o que estão sentindo.

Alunos fazem atividades com os olhos vendados em Paulínia
Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

7. Limitações: nesta etapa, proponha atividades com restrições sensório-motoras. Organize caminhadas, corridas e ginástica com os alunos usando vendas feitas de TNT pelo próprio professor ou amarre as pernas das crianças para restringir os movimentos.

Alunos treinam parkour
Foto: Roosevelt Cássio/Nova Escola

8. Potências: para encerrar, uma boa alternativa é o parkour, uma modalidade que permitirá aos estudantes usar todo o corpo para explorar os espaços da escola, como muretas, degraus, corrimãos e escadas. Tudo isso, claro, deve ser feito com segurança.

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