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Sustentabilidade: conheça 4 fontes renováveis para geração de energia elétrica

Transição para matriz energética mais limpa passará pelo maior aproveitamento dos ventos, irradiação solar, movimentação do mar e calor do centro da Terra

Ilustração de aluna fazendo experimentos em cima da mesa ao lado de professora que a observa.
Ilustração: Paola (Papoulas Douradas)/NOVA ESCOLA

Diante da pressão mundial pela diminuição da dependência de fontes fósseis, o mundo busca pela diversificação energética, com opções de fontes mais limpas e renováveis para geração de energia elétrica.

No Brasil, além dos biocombustíveis, despontam como promissoras a eólica e a solar. O país apresenta condições favoráveis, tanto no que diz respeito à disponibilidade de ventos quanto de irradiação solar, o que pode tornar essas fontes mais competitivas e baratas.

Os grandes impactos sociais e ambientais causados pela construção de usinas hidrelétricas e a demora na concretização desses projetos tornam mais difícil a exploração da fonte hidráulica nos próximos anos, avalia Roberto Schaeffer, professor de Planejamento Energético na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Até 2100, eólica e solar terão se expandido muito no país”, avalia.

Para Schaeffer, essa ampliação exige a resolução de pontos sensíveis destas duas fontes: a intermitência (oscilação de ventos e de irradiações ao longo do dia) e a capacidade de armazenar a energia gerada. Esse último ponto, aliás, é desafio para qualquer uma das fontes renováveis alternativas. “O tema tem sido alvo de grandes estudos, com pesquisas voltadas para a busca ou desenvolvimento de recursos [lítio e níquel, por exemplo] para compor baterias, que concentrem maior densidade em menores tamanhos”, explica.

Outra tendência é a geração dessas fontes alternativas limpas não mais em grandes usinas, mas em micro e miniestruturas, com distribuição majoritariamente local, como as redes inteligentes de energia solar em condomínios. “A geração no local do consumo na energia elétrica reduz a complexidade do sistema, além de barateá-lo”, explica Roberto Ziles, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Vale lembrar que não existe “a melhor fonte renovável”, mas sim aquela mais adequada ao contexto. Nesta definição, pesam características regionais como clima, relevo e bioma. Por isso, a fonte geotérmica – cujas usinas são instaladas próximas a erupções ou fendas vulcânicas – é uma opção importante para a Califórnia (EUA), mas não para o Brasil, explica Schaeffer. Além disso, o melhor cenário energético é aquele composto de fontes que se complementam (até para resolver as intermitências), evitando a dependência de uma única origem.

Confira abaixo quatro fontes renováveis alternativas para trabalhar com os alunos, que são apontadas como soluções promissoras para a geração de eletricidade.

Eólica

Obtida por meio da força dos ventos, a energia eólica já é reconhecida como relevante por muitos países, incluindo o Brasil. Agora passa por fase de melhoramentos e reavaliação de aspectos, como a instalação de torres em alto-mar (offshore) para resolver questões relacionadas aos impactos visuais e sonoros causados pelas hélices.

Solar

É considerada a fonte com maior tendência mundial de crescimento pelo baixo custo de equipamento e alto potencial energético. No mundo, a previsão é de que o uso dessa fonte de energia chegue a 30% em 2022 em países com maior capacidade instalada de geração, como China, Alemanha, Japão e Estados Unidos, segundo a International Energy Agency (IEA).

Maremotriz

A força das águas marítimas (marés, ondas, correntes) pode movimentar turbinas de usinas e gerar energia elétrica. Apesar de apresentar riscos mínimos ao meio ambiente, essa fonte soma custos elevados na instalação e nos equipamentos. Em 2012, a Usina do Porto do Pecém, localizada no Ceará, colocou em prática o primeiro projeto piloto de energia de ondas no país, para abastecimento próprio. Hoje, o projeto foi descontinuado por causa do fim do contrato com a empresa privada que administrava o porto.

Geotérmica

Obtida pelo calor proveniente do interior da Terra, essa fonte é extraída por meio de perfurações do solo em locais próximos a erupções ou fendas vulcânicas. As usinas geotérmicas transformam calor em energia elétrica, mas seu uso mais conhecido é para o aquecimento de água. No Brasil, esse efeito da fonte geotérmica pode ser visto em balneários turísticos, tais como em Poços de Caldas (MG) e Caldas Novas (GO).


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