Para o gestor

Entenda como a escola pode se prevenir contra qualquer vírus

Infectologista explica que é essencial manter uma boa relação com a família para oferecer um ambiente seguro aos alunos

Ilustração: Rodrigo Damati/Nova Escola

O inverno brasileiro está marcado para começar no dia 20 de junho, mas para trabalhar medidas de prevenção, não é preciso esperar uma data, nem mesmo deixar para se precaver só quando o coronavírus chegar ao Brasil - se é que ele chegará. Os vírus mais comuns no território nacional, como os influenzavírus causadores da gripe, também inspiram cuidados, e os gestores precisam mobilizar a equipe para manter as doenças longe das crianças e adolescentes - sem histeria, é claro. 

Segundo o infectologista Jamal Suleiman, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, a boa relação da escola com a família colabora na prevenção de doenças virais. “É importante estimular os pais, por exemplo, a manter a caderneta de vacinação em dia. Uma vez cumprindo esse calendário, a chance dessa criança ficar doente é bem menor”, afirma. 

Além disso, o espaço escolar precisa se manter limpo e bem higienizado, já que alguns vírus (incluindo o novo coronavírus) são destruídos facilmente quando entram em contato com álcool e sabão, por exemplo. 

Outra medida importante é ensinar os estudantes a adotar cuidados básicos de higiene pessoal, como lavar as mãos com água e sabão várias vezes durante o dia. Vale reforçar, também, o que Jamal chama de “etiqueta respiratória”: “Sempre explique para as crianças e adolescente que, na hora de espirrar ou tossir, é essencial colocar o antebraço na frente da boca”, diz o infectologista.

Em relação ao ambiente, é essencial garantir uma boa ventilação nas salas e nos corredores. A dica é manter a sala de aula com a porta e janelas abertas. Durante os intervalos e recreios, caso o pátio seja muito fechado, o gestor pode transferir as atividades para um local ao ar livre ou mais aberto, como a quadra de esportes. 

Por fim, é útil instruir a equipe docente a prestar atenção à saúde dos alunos. Se o professor perceber algum sintoma de doença viral, como espirros, febre, dor de garganta ou enjoos, ele deve avisar a família e avaliar com os responsáveis pelo estudante se é necessário ficar de resguardo, em casa.

Para o infectologista do Emílio Ribas, “a única coisa que não funciona nesse momento é alarde”. Manter os alunos informados é um tipo de prevenção muito mais eficaz.



Diante da pandemia do coronavírus, esse conteúdo está aberto para todos os nossos leitores. Outros temas do Nova Escola Box são exclusivos para assinantes, caso queira ler mais e ainda não tenha uma assinatura, clique no botão abaixo e conheça nossos planos.

Quero Assinar!

Mais sobre esse tema