Materiais, espaços e ferramentas para se inspirar
Sugestões para ampliar seu repertório na hora de planejar atividades em prol da imaginação
Por causa da crença errônea de que algumas pessoas já nascem mais imaginativas do que outras, muitas escolas e professores podem não se dedicar a um trabalho de qualidade sobre isso.
Infelizmente, muitas vezes, esse entendimento reflete as próprias crenças limitantes dos adultos sobre si e a falta de vivência em torno de atividades criativas. Por isso, Maria Paula Zurawski, formadora do Coletivo Curió, enfatiza a importância de que esse seja um tema de estudos entre os educadores. “É importante pautar as brincadeiras e a imaginação como temas das formações de professores para conhecer autores e como eles entendem a brincadeira. Isso requer dedicação, interesse, estudo e discussões das professoras e formadoras nas reuniões de suas equipes”, comenta.
Para ajudá-los a ampliarem esse repertório, indicamos abaixo alguns materiais que podem ser utilizados como fonte de estudo, para entender a importância de planejar atividades que incentivem a imaginação, e de inspiração, para saber como colocá-las em prática.
Podcast
A ideia desse podcast é montar espetáculos infantis brasileiros com atores, músicas originais e efeitos sonoros (que ocupam o lugar do cenário, figurino, luz e ambientam a cena). Acesse e compartilhe com as crianças a adaptação da peça Joaquim e as Estrelas, da autora Renata Mizrahi, vencedora do Prêmio Zilka Salaberry, em 2012, na categoria melhor texto.
Práticas inspiradoras
Conheça cinco práticas para exercitar a imaginação. Elas podem te ajudar a criar brincadeiras na Educação Infantil, incentivando a exploração de novas sensações e o exercício da criatividade entre as crianças e os bebês.
Livros
36 Brinquedos Inventados por Meninos e Meninas, de Adelsin (Ed. Peirópolis)
Nesse divertido livro, o brincante mineiro apresenta o passo a passo para construir brinquedos presentes na cultura popular brasileira, inventados pelas próprias crianças.
Desemparedamento da infância: a escola como lugar de encontro com a natureza, org. de Maria Isabel Amando de Barros (Instituto Alana)
O livro trata do direito das crianças a terem experiências de contato com a natureza e de como a escola pode organizar propostas para garanti-las, incentivando as possibilidades criativas da infância.
Brinquedos do Chão: A natureza, o imaginário e o brincar, de Gandhy Piorski (Ed. Peirópolis)
Esse livro explora a imaginação do brincar e sua intimidade com os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar, e revela a voz livre e fluente da criança em sua trajetória de moldar a si própria.
Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, de L. S. Vigotski, A. R. Luria e A. Leontiev (Ed. Ícone)
Os três autores soviéticos presentes nessa coletânea estudaram desde processos neurofisiológicos até relações entre o funcionamento intelectual e a cultura em que os indivíduos estão inseridos. O livro conta com textos sobre temas de psicologia do desenvolvimento e relações entre linguagem e pensamento. Maria Paula recomenda a leitura do texto “Os Princípios Psicológicos da Brincadeira Pré-escolar”, contido entre as páginas 119 e 142.
Locais
O Catavento, museu de ciência e tecnologia da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, aproxima crianças, jovens e adultos do mundo científico, despertando a curiosidade e ajudando no desenvolvimento de conhecimentos e valores sociais. A programação conta com exposições interativas e atraentes com linguagem simples e acessível.
O Museu da Imaginação é um local de cultura e lazer que incentiva a união entre diversas áreas do conhecimento e o brincar. O espaço, localizado na capital paulista, promove a interação, o contato e a experiência com a arte, a ciência e as brincadeiras livres.
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