O passo a passo para a escrita de cartas
Aproveite a proposta da professora Mara Mansani para se inspirar e planejar essa atividade
“Ninguém escreve do nada”. Essa é uma das frases que Mara Mansani mais repete, do alto de sua experiência de mais de dez anos trabalhando com alfabetização. Para ela, a escrita precisa de um terreno fértil para nascer, se expandir e fluir - e isso também vale para as cartas. “Primeiro, é essencial preparar os alunos para o conteúdo, explorando o tema proposto. Essa etapa é como um ‘aquecimento’ para o que virá depois”, explica. Além disso, a educadora ressalta a importância de leituras de qualidade, que permitam explorar as características do gênero.
Para te ajudar a planejar uma atividade sobre cartas, confira o passo a passo que Mara utiliza para preparar a sequência didática.
Indicado para: turma de 3º e 4º ano.
Duração: 5 aulas de 50 minutos + 2 aulas de 100 minutos.
Espaço: sala de aula, biblioteca ou sala de leitura, com as cadeiras em círculo.
Materiais: data show, aparelho de som, livros, biografias, vídeos, músicas e fotografias
Na BNCC: EF04LP10, EF04LP11, EF03LP12, EF03LP13
PASSO A PASSO
1. Abra uma roda de conversa: O primeiro passo é contextualizar os alunos sobre gênero e tema. Para isso, abra uma roda de conversa com os materiais de referência necessários para a atividade, como biografias, vídeos e músicas que explorem a temática da valorização da mulher e depois debata com a turma. Essa etapa é um aquecimento para as outras, principalmente para que, quando a criança for escrever a sua carta, tenha repertório.
2. Faça uma roda de leitura: Separe materiais que abordam o gênero carta para ler com os alunos. A ideia dessa etapa é mostrar a intencionalidade com que cartas são escritas. Uma dica de Mara Mansani é mostrar para a turma cartas escritas por figuras públicas e livros com histórias em forma epistolar. (Nesta caixa, você encontra indicações de bons materiais aqui). Sempre que possível, tente relacionar o gênero ao tema proposto na atividade.
3. Proponha uma escrita coletiva: Nesta etapa, peça para os alunos pensarem em mulheres inspiradoras daquela comunidade. Se houver dificuldade, proponha que eles escolham alguém da própria escola, como a merendeira, por exemplo. Feito isso, discuta com a turma os pontos importantes que devem ser destacados na carta e faça perguntas como: o que queremos expressar no nosso? Devemos agradecê-la? Vamos convidá-la para alguma coisa? A carta coletiva antecede a carta individual e ambas devem ser destinadas a mulher inspiradora escolhida pelos alunos.
4. Proponha a escrita individual: Embasados por todas as vivências anteriores e com todo o repertório trabalhado nas aulas, agora é o momento de pedir aos alunos que escrevam suas cartas individuais.
5. Faça um levantamento do que foi ensinado: Cartas escritas? Reserve um momento para levantar tudo que foi discutido durante esse processo. Sem dizer de quem ou para quem é, escolha uma carta, tire uma cópia e, se possível, coloque no data show para fazer uma revisão geral. Avalie ponto a ponto e mostre aos alunos o que pode ser melhorado.
6. Garanta que as cartinhas cheguem às mulheres: Talvez esse seja um dos momentos mais esperados. Envie os envelopes pelo correio às mulheres que inspiram a vida dos alunos.
Mais sobre esse tema