Como levar a probabilidade para o Ensino Fundamental 1
Com a BNCC, o conceito matemático deve ser estudado desde o 1º ano. Entenda
A inclusão do estudo de probabilidade nos anos iniciais do Ensino Fundamental é uma das novidades que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe para a Matemática. Antes, o tema era tratado quase exclusivamente no Ensino Médio, com algumas escolas introduzindo o assunto também nos anos finais do Ensino Fundamental. Agora, probabilidade deve ser trabalhada em toda a Educação Básica, inclusive no Fundamental 1.
O assunto está presente na unidade temática Probabilidade e Estatística, que propõe a abordagem de conceitos, fatos e procedimentos presentes em situações-problema do cotidiano. A ideia é promover a compreensão entre as crianças de que nem todos os fenômenos são determinísticos, ou seja, que o acaso tem um papel importante em muitas situações.
Para isso, o início da proposta de trabalho com probabilidade está centrado no desenvolvimento da noção de aleatoriedade, de modo que os alunos compreendam a existência de eventos certos, outros prováveis ou improváveis e também os impossíveis. Os cálculos propriamente ditos só serão estudados depois. "A probabilidade é a Matemática da incerteza e se aproxima mais da realidade. Em nosso dia a dia, lidamos mais com a estimativa do que com a precisão, com o incerto do que com o certo", justifica Rita de Cássia Batista da Silva, especialista em probabilidade do Time de Autores dos planos de aula NOVA ESCOLA.
A opção por trabalhar com esse eixo durante toda a Educação Básica é uma estratégia para ajudar os alunos a construírem gradativamente maneiras diferentes de pensar a Matemática. Afinal, ela não é apenas uma ciência que trabalha com a exatidão, como eles aprendem na aritmética. Assim, quando os cálculos forem apresentados e ficarem cada vez mais complexos, espera-se que seja mais fácil a compreensão.
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