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Sugestão de atividade: debate sobre criacionismo e evolucionismo

Possível de ser desenvolvida entre os estudantes ou com a família, atividade usa a ferramenta pedagógica do Júri Simulado para o 6º ano

O objetivo da atividade é contrapor diferentes pontos de vista e estimular o debate na turma. Ilustração: Nathalia Takeyama/Nova Escola

Elaborado pela professora Aline Maria Lopes Moura, da rede pública estadual do Amapá, a Sugestão de Atividade a seguir lança um desafio capaz de provocar interessantes debates para os alunos: contrapor as afirmações evolucionistas com a criacionistas a respeito da origem dos seres humanos. Para explorar a questão, a professora propõe que os alunos do 6º participem de um júri simulado. “Não se trata de dizer que uma teoria é verdadeira e a outra não. A ideia é apresentar pontos de vista diferentes e estimular que as pessoas debatam entre si”, afirma a professora. 

Esse é um exemplo de atividade, entre outras, que podem ser escolhidas pelo professor de História após a priorização dos conteúdos.

Indicado para: Turmas do 6º ano 

Na BNCC: EF06H103

Materiais: Acesso a ferramentas como o WhatsApp, e-mail ou Google Sala de Aula

PASSO A PASSO 

1. Deixe nítido o objetivo da aula. Inicie apresentando para os estudantes o foco da atividade: “Contrapor as afirmações evolucionistas com as criacionistas a respeito da origem do ser humano”. Contextualize e amplie o repertório dos alunos por meio dos textos e imagens disponíveis no Plano de Aula original (acesse clicando aqui). 

Ponto de Atenção: Ofereça os textos de referência e imagens por WhatsApp, e-mail ou Google Sala de Aula. Se não houver essa possibilidade, o material precisa ser entregue impresso aos alunos. Você pode acessá-los aqui. Lembre-se também de ler os materiais de apoio disponíveis no Plano de Aula. 

2. Adapte para o contexto remoto. Caso seja possível realizar uma aula síncrona (por meio de uma videochamada, por exemplo), o debate pode ser feito com os alunos mediados pelo professor. “Cada aluno apresenta o que foi discutido e o que concluiu”, orienta Aline. 

Confira outras estratégias para realizar a atividade: 

Em dupla pelo WhatsApp 

Outra possibilidade apontada pela professora de História da rede estadual de São Paulo, Bianca Carolina Pereira da Silva, responsável pela adaptação do Plano de Aula para o contexto remoto é que a troca seja realizada pelo WhatsApp. Os estudantes devem registrar os argumentos favoráveis a cada uma das concepções e ter clareza sobre quem são os defensores de cada teoria. Os alunos podem se organizar em duplas no aplicativo para chegarem a uma resolução. A aula pode ser sistematizada com a produção de mapa mentais, visando a organização de informações. “O debate tem o objetivo de compreender cada visão”, enfatiza Bianca. 

Com a família
No contexto de uma aula remota, caso não seja possível fazer a atividade de forma síncrona com a turma, Aline sugere que o debate seja feito em família, se possível. Os pais, avós ou tios podem conversar sobre o tema em um aplicativo de reunião, por exemplo. Lembre-se de explicar que o objetivo não é definir qual teoria é a verdadeira, mas apresentar pontos de vista diferentes e estimular o debate. 

Com base nessa discussão, o aluno constrói sua percepção do tema e envia por escrito ao professor. “Ele deve contar um pouco do que foi o debate e a que conclusão ele chegou”, orienta Aline. Caso o aluno não tenha acesso à Internet, a discussão pode ficar restrita às pessoas que estão próximas (pai e mãe, apenas, ou irmãos, eventualmente). A conclusão, nesse caso, pode ser enviada por WhatsApp para o professor ou impressa e deixada na escola. 

3. Proponha a criação de um Júri Simulado. Trata-se de uma ferramenta pedagógica que utiliza a estratégia de transformar a aula em um pequeno tribunal, com algumas adaptações. A turma ou a família do aluno deve assumir funções do Judiciário: juiz, escrivão, promotoria, defesa, conselho de sentença e plenário. Você pode conferir a descrição das funções aqui.

4. Amplie o repertório dos alunos para o debate. Após a divisão dos papéis, apresente a questão a ser debatida: “Criacionismo x Evolucionismo, qual a origem da vida?”. Para a elaboração dos argumentos da promotoria (a favor do evolucionismo) e da defesa (a favor do criacionismo), ofereça fontes que auxiliem os alunos. Confira algumas sugestões no Plano de Aula. As informações também podem ser pesquisadas na Internet ou em livros que os estudantes possuam em casa, sempre com a mediação do professor. 

Ponto de atenção: É esperado que a promotoria apresente características da teoria do evolucionismo citando as etapas evolutivas e usando como base os achados arqueológicos que denotam ancestrais do ser humano (Homo sapiens sapiens), tais como Australopithecus, Homo habilis, Homo erectus, etc. Para a equipe de defesa, a expectativa é que destaquem a teoria criacionista como uma explicação para a origem que envolve um pilar cultural, atribuindo a origem da vida e, logicamente, do ser humano a um Deus criador ou vários dependendo da cultura de um determinado povo. Eles também poderão valer-se da teoria do Design inteligente para elaborar seus argumentos.

5. Finalize com a sentença. No caso da aula síncrona com todos os estudantes, após ouvir as argumentações, aqueles definidos para representar o papel do conselho de sentença e do plenário avaliarão o desempenho e escolherão um representante de suas equipes para expor a avaliação. Há um modelo de ficha avaliativa disponível aqui. Após essas considerações, o juiz tomará a decisão e deverá justificá-la dizendo qual equipe apresentou o argumento mais convincente. Em uma próxima aula, o juiz dará o seu veredicto (isto é, deverá dizer qual equipe apresentou o argumento mais convincente) e o escrivão fará a leitura do relatório que produziu. No caso do debate do aluno com a sua família, ele deverá enviar os principais pontos da discussão e a conclusão para o professor por meio de aplicativos como o WhatsApp ou ferramentas como e-mail ou Google Sala de Aula.


Esta sugestão de atividade foi adaptada do Plano de Aula Criacionismo e Evolucionismo, criado por Aline Maria Lopes Moura, professora-autora do Time de Autores NOVA ESCOLA, de Macapá (AP). Para conferir o plano original, clique aqui.

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