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Por onde eu começo? Como priorizar as ações no ambiente escolar

Entenda como se organizar para mapear e solucionar problemas de origens variadas com a ajuda de listas

Com diálogo e clareza dos objetivos, Juliana Rohsner classificou os problemas da EEEFM Jones José do Nascimento em listas de ação. Foto: Edson Chagas/Nova Escola 

A escola está suja e com os mobiliários quebrados, o diálogo entre a escola e a comunidade é difícil, aquela turma não consegue aprender, as lâmpadas do banheiro estão queimadas - às vezes os problemas de uma escola são múltiplos e, diante do volume, fica difícil até saber como começar a resolver. O risco é sentir-se paralisado e não conseguir dar o primeiro passo. 

Em 2016, quando assumiu a direção da EEEFM Jones José do Nascimento, na cidade de Serra (ES), a diretora Juliana Rohsner, encontrou a escola com problemas muito variados, dos estruturais passando por desorganização pedagógica e conflitos graves entre alunos e corpo docente. A história completa você consegue ler aqui. 

Neste cenário caótico, ela reuniu os professores e equipe pedagógica para mapear todos os problemas da escola e classificá-los em listas de priorização. Com diálogo e clareza do que precisava ser feito, e ao lado da equipe, dos alunos e da comunidade escolar, Juliana conseguiu dar muitos passos em direção a uma escola melhor. O projeto deu tão certo que foi contemplado pelo prêmio Educador Nota 10 de 2019. Confira, abaixo, um passo a passo inspirado na ação de Juliana. 

1. Reúna a equipe a abra um diálogo franco. Em geral, os desafios na escola são múltiplos e requerem a ajuda de todos. Convide os professores e a equipe pedagógica e explique o que se pretende fazer. Caso você seja professor, vale conversar antes com a direção e a coordenação e explicar sua preocupação e sugestão.

2. Liste os problemas. Com a colaboração de todos, elenque todos os problemas que conseguirem lembrar, sejam eles de infraestrutura, de relação com a comunidade ou desafios pedagógicos. Para não tumultuar, é possível fazer a listagem em turnos ou grupos e depois reunir todos os levantamentos.

3. Classifique-os em categorias. Com os desafios colocados no papel, é hora de distribuí-los em três listas de ação. A primeira deve reunir os problemas que a escola, junto com a comunidade, tem condições de resolver internamente. A segunda enumera aqueles desafios que precisam de ajuda externa, da Secretaria de Educação ou de outros parceiros, para serem solucionados. E, por fim, a terceira lista deve reunir aqueles que, a princípio, estão fora do alcance da escola. 

4. Resolva por ordem de urgência. Depois de classificados, os problemas devem ser atacados por ordem de urgência. Caso não saiba por onde começar a resolver algum deles, uma dica é se perguntar: qual é o próximo passo? 

Abaixo, leia dois desafios encontrados na EEEFM José Jones do Nascimento e a solução definida pela equipe gestora, os professores, a comunidade escolar e os alunos. 

Problema: A bomba d´água não funciona e por isso os alunos acabam dispensados por falta de condições de higiene.

Solução: Conseguir um equipamento emprestado e, posteriormente, adquirir um novo para a escola. 

Problema: A escola é muito suja e tem muitos mobiliários destruídos

Solução: Organizar um mutirão para limpeza e pequenos consertos com ajuda de alunos, professores e familiares. 

Problema: A comunidade não se envolve com a escola

Solução: Busca ativa pelos familiares dos alunos, abertura do diálogo e aplicação de uma pesquisa de opinião sobre a escola para sondar as preocupações da comunidade.

A seguir, confira um modelo de listas de priorização de ações que você pode baixar, adaptar como desejar e usar na sua escola. 

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