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Lista: ferramentas e ideias para inspirar o uso de fanfics nas aulas

Confira uma lista de plataformas digitais para a publicação de fanfictions, além de artigos e livros que aprofundam o conhecimento sobre o tema

Ilustração abstrata de recortes de personagens sobre fundo azul.
Ilustração: Rafaela Pascotto/NOVA ESCOLA

O universo das fanfics é bastante amplo. Contempla diversos gêneros e formatos, da tevê aos livros, da ficção científica aos textos baseados em personagens reais.

Ao usar fanfics na sala de aula, o professor deve sempre levar em conta as preferências e os contextos dos alunos, que podem variar de acordo com a faixa etária, região do país e socioeconômico. 

Existem diversos conteúdos que podem ajudar a inspirar o uso desse gênero na sala de aula. São plataformas de publicação, textos de referência e exemplos de materiais produzidos por alunos. A seguir, veja uma lista de sugestões para estimular a criação desse tipo de ficção.

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Plataformas de publicação de fanfics

Não há formato ou local obrigatório para publicar uma fanfic, mas existem comunidades onde os fãs se encontram e criam comunidades em torno de obras específicas. 

Spirit Fanfiction
Permite a publicação e leitura de fanfics no computador ou em aplicativo de celular. Algumas de suas categorias mais populares são Justin Bieber, BTS, Naruto e Harry Potter. 

Wattpad
Similar à Spirit Fanfiction, tem mais de 90 milhões de usuários e conta com recursos de publicação de histórias e livros, e permite a leitura de obras criadas pelos usuários. 


Texto: Dicas para criar uma fanfic

O texto explica os diferentes gêneros possíveis de fanfics, que pontos de partida um autor pode escolher e que inspirações usar como base, entre outras orientações para começar a escrever histórias. Disponível aqui.


Fanzine: Fanfiqueiros de papel

Coletânea elaborada por alunos da professora Raquel Zandonadi. Reúne textos de diversos gêneros, dentre eles a fanfic, baseados na série de tevê La Casa de Papel. Disponível em aqui.


Dissertação: "Leituras e escrita em Língua Portuguesa: a fanfiction na sala de aula"

De autoria da professora Raquel Zandonadi, o trabalho tem como objetivo "refletir sobre a construção do gênero no ciberespaço – tomado como fenômeno cultural massivo transmidiático ao considerar sua produção e recepção –, bem como o envolvimento dos jovens nesse novo cenário da literatura e produção textual". Disponível aqui.


Dissertação: "Homepage de fanfictions: um estudo bidimensional de gênero na concepção sociorretórica", Elaine Valencise Hidalgo de Moraes

Estudo que analisa uma comunidade específica de produção de fanfics, chamada Fanfic Addiction. Segundo a pesquisadora, os autores de ficção produzida por fãs "constituem uma comunidade discursiva, mesmo em se tratando de uma comunidade não acadêmica". Sobre a dinâmica, observa: "A intensidade da interação entre leitores e escritores é outro aspecto observado nas atividades de fanfictions, uma vez que ela influencia diretamente na qualidade e quantidade de histórias escritas pelos fãs." "Essa interação se dá por meio de comentários que favorecem a troca de sugestões, incentivos, experiências e a oportunidade de conhecer novas pessoas que partilham de um mesmo interesse." Disponível aqui.


Texto: "Lendo criticamente e lendo criativamente", Henry Jenkins

Professor de Comunicação, Jornalismo e Cinemática na University of Southern California e principal pesquisador do Project New Media Literacies (NML), Henry Jenkins faz uma discussão sobre fanfics levando em conta as diferenças entre as leituras crítica e criativa. O autor fala sobre as técnicas usadas pelos produtores desse gênero e como o professor pode se apropriar dele na sala de aula. Disponível aqui.


Livro: "O fenômeno Fanfiction: novas leituras e escrituras em meio eletrônico", Maria Lucia Bandeira Vargas

Publicado pela editora da Universidade de Passo Fundo, o trabalho considera que "diferentemente da linguagem discursiva utilizada em blogs ou salas de chat, a escrita e a leitura fanfictions narrativas ficcionais implicam uma preocupação com a correção da linguagem, com a caracterização dos personagens e com a qualidade da trama, raramente vistas fora do contexto escolar". A autora observa que  existe um contraste "entre a oferta de interação e envolvimento em verdadeiras comunidades de leitores proporcionada por essa prática e a passividade e o isolamento das atividades de letramento oferecidas pelos meios escolares tradicionais". Disponível aqui.

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