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6 cuidados essenciais para trabalhar com materiais de largo alcance

Da segurança à facilidade de acesso aos objetos, anote o que você não pode deixar de considerar na hora de propor a atividade

Para que Maitê, de 1 ano e 9 meses, pudesse brincar com as latas sem risco, a mãe, Marcela, cobriu as rebarbas com papel e fita isolante. Foto: Marcela Alvim/NOVA ESCOLA

Em meio à vastidão de materiais de largo alcance que nos cercam, pode ser um desafio escolher os que mais favorecem a exploração e a criação. Na hora de fazer essa seleção, os elementos naturais ganham destaque, porque não precisam ser comprados e são fáceis de encontrar, além de já serem muito diversos entre si.

Dos materiais que temos em casa, é interessante buscar uma variedade de recipientes e de objetos que possam ser colocados dentro deles, e que permitam empilhar e construir.

“Temos de pensar também em quais materiais estão mais presentes na cultura local e ter atenção às cores, porque os brinquedos costumam ser muito coloridos, e não precisa ser assim. Na madeira, por exemplo, a cor esconde os veios e o fato de que nenhuma peça é igual à outra. Isso empobrece a interação da criança com o objeto”, explica Gisela Tapioca, psicóloga e formadora da Avante - Educação e Mobilização Social.

Confira algumas dicas de como fazer a seleção e os cuidados na hora de disponibilizá-los para bebês e crianças.

1. Não faça pedidos que as famílias não possam cumprir
Coisas caras e objetos incomuns podem não ser boa ideia. E embora a grande quantidade de um mesmo material favoreça construções, não induza as famílias ao consumo desenfreado e procure trabalhar com o que é possível no momento. Por exemplo: se você pedir que os adultos arranjem duas dúzias de garrafas PET, eles podem se sentir obrigados a comprar uma grande quantidade de bebidas. Sugerir que elas explorem a casa para identificar os materiais que já possuem pode ser divertido e é mais sustentável.

2. Preze pela diversidade de materiais
Um erro comum é selecionar somente materiais plásticos. A ideia é enriquecer a brincadeira com diferentes matérias-primas, texturas, pesos, temperaturas e formas. Se todos os materiais tiverem as mesmas texturas, a atividade fica menos rica. 

3. Todo material é válido
Muita coisa pode ser usada como material de largo alcance, desde que haja uma preocupação estética na organização e composição desses objetos. Eles precisam ser apresentados como algo especial, com sua própria beleza e valor.

4. Cuidado com as sucatas
Elimine as pontas, rebarbas e qualquer parte que possa cortar ou perfurar.

5. Exclua os perigosos
Objetos pontiagudos, de vidro e embalagens de produtos tóxicos, ainda que vazias, não devem ser utilizados em nenhuma hipótese. Os demais materiais podem ser avaliados caso a caso e dependendo da supervisão que o adulto dedicará à brincadeira.

6. Limpe todos os materiais
Em tempos de pandemia, esse cuidado é ainda mais relevante: higienize tudo com álcool 70% para eliminar bactérias e vírus, ou com água e sabão.

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