Para usar com as famílias

Para evitar intoxicações

Confira as orientações para evitar acidentes e saiba o que fazer caso eles aconteçam

Apesar de serem comuns para os adultos, a intoxicação podem ser mais gravers em crianças. Ilustração: Rodrigo Damati/NOVA ESCOLA.

Produtos de higiene e limpeza, cosméticos, bebidas alcoólicas, plantas, pesticidas, tintas ou medicamentos. Todos temos em casa pelo menos um desses itens. Comuns para os adultos, eles podem provocar intoxicações mais graves em crianças, uma vez que elas têm uma estrutura corporal menor, metabolismo mais rápido e órgãos internos mais vulneráveis. A possibilidade de ocorrer um acidente vai depender do acesso ao produto e de sua toxicidade. 

No ano passado, 3.876 crianças foram internadas por conta de intoxicação, segundo dados do Ministério da Saúde. Passando mais tempo em casa devido ao isolamento, as crianças têm acompanhado, e muitas vezes participado, da limpeza do lar. “Elas podem querer imitar os pais para ajudar e acabam se colocando em risco. Por isso, falar do risco é a melhor estratégia neste momento. Fazê-la entender o processo, explicar que se trata de produto químico e perigoso e deixar bem claro que apenas o adulto pode mexer nele”, ressalta a professora Roberta Braga Manes da Silva, coordenadora pedagógica de Educação Infantil e Fundamental 1 do Colégio Santa Helena, em São Paulo, e professora-autora no Time de Autores de NOVA ESCOLA. 

Para evitar que os acidentes aconteçam
- Guarde todos os produtos de higiene e limpeza, pesticidas e herbicidas em lugar alto e fora do alcance das crianças. No caso de medicamentos, perfumes e cosméticos, também se indica que sejam trancados.

- Mantenha os produtos tóxicos nas embalagens originais para não confundir as crianças. Nunca utilize garrafas plásticas de refrigerantes para armazenamento. 

- Esteja sempre atento onde você deixa os produtos tóxicos enquanto os usa. Mantenha supervisão constante sobre ele. 

- Nunca se refira a um medicamento como “doce”. Isso pode levar a criança a pensar que o remédio não é perigoso, mas algo agradável de comer. 

- Não misture produtos químicos ou de limpeza. A nova mistura pode ser nociva e mais tóxica do que os itens sozinhos. 

- Bebidas alcoólicas precisam ser guardadas em um armário alto e trancado. 

- Dê preferência a produtos com embalagens que possuam tampas de segurança. 

- Informe-se sobre as plantas dentro e ao redor de sua casa. Se forem venenosas, remova-as ou deixe-as fora do alcance das crianças. 

- Leia, nas embalagens de qualquer produto para a casa e de remédios, as orientações sobre uso correto e precauções. 

- Deixe os números de emergência próximos aos aparelhos de telefone fixos ou gravados no celular. SAMU: 192 e Corpo de Bombeiros: 193.

O que fazer caso eles aconteçam 
- Ligue para os números de emergência e siga as instruções. Além do SAMU (192), existe o Disque-Intoxicação (0800-722-6001). A ligação é gratuita e o atendimento é oferecido em quase todo o território nacional. As exceções são os estados do Acre, Amapá, Maranhão e Tocantins. Outra opção é acionar o atendimento de emergência do fabricante do produto, cujo telefone se encontra nos rótulos e embalagens. 

- Ao ligar para os serviços de emergência, tenha em mãos a embalagem do produto que causou a intoxicação.

Para colaborar no desenvolvimento de atividades de prevenção, preparamos uma série de cards com as orientações acima. O material pode ser compartilhado com as famílias.

Abaixo, você pode fazer o download dos cards no formato imagem para enviar por WhatsApp ou em PDF:

CARDS PARA WHATSAPP 

BAIXE PDF COM CARDS

Fontes: ONG Criança Segura, Sociedade Brasileira de Pediatria, Dra. Tania Zamataro.

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