WhatsApp na prática
Conheça três experiências da professora de Língua Portuguesa Adriana de Oliveira com o aplicativo no Ensino Fundamental II
Professora há 16 anos, Adriana de Oliveira decidiu usar o aplicativo a favor dos estudantes do Ensino Fundamental II na EE Oscar Thompson, em São Paulo. O app foi utilizado em um projeto interdisciplinar sobre Direitos Humanos, para exercitar a variação linguística e até para trabalhar a oralidade por meio de áudios com alunos surdos e sírios. Confira, abaixo, três experiências dela com o WhatsApp.
Direitos Humanos no celular
Em vez de usar folhas de papel ou e-mail, Adriana pediu para que os alunos do 6º ao 9º ano enviassem os resultados de um trabalho por meio do aplicativo. O projeto, desenvolvido em parceria com a professora de História, Vanessa Magalhães, pedia que cada um expressasse seu olhar sobre o tema dos Direitos Humanos por meio de fotos e vídeos compartilhados por meio do grupo criado no app exclusivamente para este fim.
Variação linguística no grupo
Com os alunos do 8º ano a dinâmica foi um pouco diferente. Para dar continuidade ao conteúdo relacionado às Variáveis Linguística, tema explorado em sala, Adriana criou um grupo. “É um assunto extenso e, por isso, é importante que eles sintam isso na prática com o WhatsApp, com as abreviações e outras maneiras de se comunicar”, explica.
Áudios para incluir
Em uma turma do 7º ano Adriana viu que dava para ir além dos compartilhamentos de conteúdos extras aos dados em sala. Ela passou a usar outra funcionalidade do aplicativo: os áudios. Isso porque há três alunos sírios e um surdo nessa turma. Uma das alunas não domina a Língua Portuguesa e, por isso, Adriana trabalha com ela a oralidade por meio de gravações que são feitas como lições de casa. O mesmo ocorre com o aluno que apresenta surdez, que encontrou mais uma forma de expressão.
PONTOS DE ATENÇÃO
O diálogo precisa ser constante
Uma vez criado o grupo, o diálogo com os estudantes precisa ser regular e constante. “Você não pode deixar de postar as coisas senão eles ganham outros interesses. Por isso sempre mando um oi ou algum material para eles responderem”, recomenda Adriana.
Cuidado com a linguagem
A professora lembra que não dá para confundir as coisas. “É importante que eles vejam que eu, enquanto professora de Português, também posso escrever ‘vc’, já que o intuito é estabelecer comunicação, mas em um outro contexto, como uma prova, é imprescindível escrever ‘você’, na norma culta da língua”, afirma.
Acesso à tecnologia
Muitas vezes, nem todos os alunos terão celular próprio ou condições para colocar crédito no aparelho ou acessar o WiFi para participar das atividades. Assim, o professor deve prestar muita atenção para garantir que nenhum aluno fique de fora. “A carência do recurso tecnológico ainda impede algumas situações, mas estamos caminhando”, diz a professora.
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