Para repensar a escola

Use o WhatsApp, mas vá além

Quando articulado com outros recursos, o uso do aplicativo é muito mais proveitoso

Para especialistas e gestores, o app funciona melhor na escola quando é um meio, e não um fim. Crédito: Fábio Setti

Se o WhatsApp por si só dinamiza a comunicação e a troca de informações e conteúdos entre alunos e professores, imagine com outras ferramentas digitais atreladas ao aplicativo?

Na EE Santa Olímpia, em São Bernardo do Campo (SP), é assim. O professor de Geografia Joeder Farias dos Santos conta que há anos utiliza o WhatsApp pedagogicamente, mas não de forma isolada. “É um instrumento rápido, dinâmico, me mostra que os alunos receberam o que eu enviei, mas vejo o WhatsApp como recurso meio. Ou seja, é um instrumento que me proporciona trabalhar com outros mecanismos e ferramentas, como Quiz, Podcast, Google Formulário, PowerPoint e Padlet”, explica.

O coordenador pedagógico da escola, Anderson Santoro, acredita que é importante entrelaçar as ferramentas para tirar maior proveito do que a tecnologia oferece hoje. Para ele, o WhatsApp é importante, mas, acima de tudo, é uma ferramenta de comunicação. “Temos um projeto de podcast na escola e os áudios são gravados por aplicativo, mas precisávamos de um canal de divulgação, então treinei os professores para criar sites por meio das ferramentas do Google, que são gratuitas”, afirma o educador, que acredita que o uso isolado de um só recurso logo se torna obsoleto.

Autor do livro Aprendizagem Histórica na Palma da Mão: Os Grupos do Whatsapp Como Extensão da Sala de Aula, o professor Cristiano Gomes Lopes garante que, para melhorar a dinâmica de aprendizagem, o aplicativo pode ser utilizado conjuntamente com outras redes sociais ou mídias sociais, tais como o YouTube, Facebook e principalmente com o Google e suas ferramentas. “O fator de interação e compartilhamento potencializa o aplicativo, dado ao fato de convergência e uso de vários formatos diferentes de arquivos de texto e audiovisuais que podem ser compartilhados pelo WhatsApp”, afirma Lopes, mestre em Ensino de História pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).

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