Caso real: como a EMEIEF Boa Vista do Sul faz seu planejamento
Conheça a experiência da diretora Marlúcia Brandão e da professora de Matemática Roseana de Souza na organização do ano escolar
Há três anos, Marlúcia Brandão trabalha como diretora na EMEIEF Boa Vista do Sul, em Marataízes (ES). No início do ano letivo surge uma de suas tarefas mais importantes: organizar o planejamento anual. “O professor tem de ser a ponte que faz com que as crianças atravessem de uma base de conhecimento que elas já têm para outra que vão construir naquele ano. E é no planejamento que definimos como será esse caminho”, diz. Por contar com mais professores e por serem eles especialistas em suas disciplinas, o planejamento para o Fundamental 2 tem algumas especificidades. Marlúcia e a professora Roseana de Souza, que dá aulas de Matemática, explicam como funciona esse período.
Alinhamento entre a gestão
Como a escola não conta com um vice-diretor, o primeiro passo de Marlúcia é se reunir com a coordenadora pedagógica responsável pelo Fundamental 2, Valquíria Silva, para que conversem e definam o que será feito no planejamento.
Semana pedagógica
Graças ao tempo previsto no calendário escolar pela Secretaria de Educação do município, o período não dura realmente uma semana inteira, mas são reservados cerca de três dias para que a equipe se reúna antes da chegada dos alunos. “Nosso primeiro contato é com todo mundo junto: diretora, coordenadores, professores e outros funcionários. Recebemos os informes, traçamos os projetos comuns entre as disciplinas e estabelecemos possíveis datas”, conta Roseana.
Conversa entre os professores da disciplina
Para que não aconteçam várias propostas de planejamento diferentes ao mesmo tempo, os professores reúnem-se com os outros docentes responsáveis pela mesma disciplina. O planejamento é feito de acordo com o previsto no livro didático e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A cada 15 dias, ou semanalmente quando possível, os professores voltam a conversar para saber o que está acontecendo em cada turma e pedir ajuda caso necessário.
Agrupamento por áreas
Com base no que foi discutido na conversa de cada disciplina, os professores de diferentes áreas conversam sobre a necessidade e a possibilidade de criar projetos que envolvam toda a escola ou contemplar uma disciplina no projeto de outra área (por exemplo: a Feira de Ciências pode relacionar trabalhos em Matemática).
Diagnóstico inicial
“Fevereiro é dedicado às avaliações diagnósticas. O professor escolhe entre avaliações orais ou escritas para detectar onde o aluno está, quais habilidades e competências ele já apresenta”, explica a diretora Marlúcia. “Às vezes, uma turma está bem diferente da outra, o que vai exigir planejamentos diferentes. Em março, o professor começa a aplicar os conteúdos daquele ano.”
Orientação por parte da gestão
No ano passado, a escola começou a fazer conversas e formações a respeito da BNCC, o que continuará no próximo período de planejamento. Segundo Marlúcia, o fato de a coordenadora Valquíria estar em contato com os professores sempre que possível e relembrá-los sobre a BNCC faz com que o conteúdo escolar fique mais coeso.
Planejamento contínuo
Segundo Roseana, o planejamento do início do ano é diferente, pois nele é preciso programar a recepção de todos, definir os projetos do ano e os conteúdos do primeiro trimestre. Como o trabalho já é grande, pontos específicos dos próximos meses são definidos nas reuniões trimestrais que acontecem entre toda a equipe pedagógica, além das constantes reuniões entre os professores e a coordenadora.
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