Para usar com as crianças

Atividade: Registrando relatos orais

Proponha que as crianças colham depoimentos da família e criem um material on-line para divulgar as narrativas

Nessa atividade, as crianças vão ouvir e registrar relatos. Ilustração: Renata Miwa/NOVA ESCOLA

Fotografias, cartas, jornais, as memórias de alguém ou uma história passada de geração em geração. Todas essas são fontes utilizadas para a construção do conhecimento histórico. Mas, e se essas evidências não fossem guardadas, registradas ou compartilhadas? Sem dúvida, teríamos muito a perder. Por isso, é hora de aproveitar esse momento em casa para que as crianças investiguem e registrem as histórias da família.

Há vários tipos de fonte que podem ser utilizadas. Um deles é o relato oral. "É a oportunidade de descobrir coisas novas ouvindo alguém que está por perto", afirma Alessandra Bremm, autora do plano de aula Registrando histórias locais e professora na rede estadual de Lagoa Vermelha (RS).

Quer saber como colocar essa ideia em prática? Com base no plano da educadora, confira abaixo um passo a passo desta atividade, que pode ser realizada a distância.

Indicado para: turmas do 2º ano

Materiais: Computador (ou celular) com acesso a internet; e os registros das histórias locais pesquisadas pelos alunos (áudio, vídeo, desenhos, escrita)

NA BNCC: (EF02HI08) Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes. 

PASSO A PASSO

1. Proponha o registro dos relatos: Converse sobre a importância do relato oral e da memória como uma fonte histórica. Diga que existem muitas formas de conduzir esta pesquisa das histórias da família, mas para essa proposta a turma utilizará o registro das memórias pessoais. Essa discussão inicial pode ser feita por videoaula ao vivo. Mas, se essa opção não for viável, você pode  enviar um vídeo gravado. 

PONTO DE ATENÇÃO: É importante explicar a proposta para as famílias, para que elas entendam a importância da atividade e se engajem. No entanto, vale ressaltar que o exercício não deve se tornar uma cobrança aos pais ou responsáveis, mas um momento prazeroso em famílias que possibilita uma aprendizagem significativa.

2. Defina com a turma o tema da pesquisa: Antes de começar a investigação, é necessário definir um tema que irá orientar a pesquisa e o roteiro de perguntas, de forma a garantir que será possível estabelecer conexões entre os relatos. Por exemplo: o professor e a turma podem escolher focar em brincadeiras da infância da família.

3. Conversem sobre o roteiro de perguntas: É importante que os alunos tenham um guia para conduzir essas entrevistas, mas é possível dar a possibilidade de fazer outras perguntas. Os pontos da entrevistas podem ser combinados pela turma durante uma videoaula ou por aplicativo de mensagens. Oriente os alunos que eles podem escolher o formato que preferirem para registrar esses relatos: desenho, escrita, áudio ou vídeo. Ressalte que não pode faltar o nome de quem foi entrevistado.

4. Compartilhem e reflitam sobre as histórias: Já com os relatos colhidos, é a hora de socializar com a turma. Além de compartilhar as descobertas, o professor pode pedir a opinião dos alunos sobre as narrativas e conversar sobre a importância de registrar histórias da cultura oral para que elas não se percam. Durante uma videoaula ao vivo, é possível conduzir essa troca entre os alunos. Se não for possível, os estudantes podem enviar o material por WhatsApp ou outra plataforma. O ponto essencial deste passo é que o aluno pense nas informações que foram colhidas com uma diversidade de fontes orais.

5. Criem um mural coletivo com as descobertas: Enquanto a escola estiver fechada, é possível pensar em alternativas on-line. É possível criar um blog da turma para compartilhar as histórias, ou utilizar ferramentas como o Padlet, que permite construir quadros digitais e colaborativos. O recurso é gratuito (com funcionalidades pagas) e permite adicionar no painel vídeos, áudios, textos, arquivos variados, desenhos e links.

PONTO DE ATENÇÃO: Outra alternativa, caso não seja possível o encontro virtual para compartilhar as histórias, é guardar o material colhido para a volta às aulas, como uma forma de retomar as experiências durante o isolamento. Peça que os alunos relembrem o que descobriram e compartilhem os registros. A partir disso, é possível criar um mural coletivo ou um livreto da turma com o relato de cada aluno identificado com o nome e a fonte utilizada.

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