Para usar com os alunos

Sugestão de atividade: crie sua própria fita métrica

Proponha que as crianças criem uma unidade de medida e saiam medindo os espaços da escola

Se não existisse uma trena, o que você faria para descobrir o tamanho de um espaço? Estamos tão habituados a pensar em centímetros ou metros que pode parecer que essa é a única forma de medir. Essas unidades foram criadas para padronizar e facilitar as medições, mas não são as únicas existentes. 

No 3º ano, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê que as crianças aprendam e explorem as unidades de medida, compreendam em qual momento cada uma é utilizada e quais são as ferramentas para medir.  Por isso, é interessante começar o trabalho pelas medidas não padronizadas - isto é, aquelas que não são metros, gramas, horas, litros etc. Para fazer isso, uma saída  é propor que a turma crie e use sua própria unidade de medida.

Essa é a sugestão de Fernando Barnabé, formador de professores, autor de materiais didáticos e diretor da Edu.co Ensino Consultoria e da rede Trilhas do Saber, em Curitiba (PR). A atividade criada por Fernando propõe à turma o desafio de criar uma fita métrica tomando como referência o que estiver à mão - a largura da mesa, o cumprimento dos pés e das mãos ou qualquer outra coisa.

Indicado para: Turmas de 3º ano
Material: Papel craft, canetinhas, materiais para medir (garrafas, palitos de sorvete, jarras, etc.)
Habilidade da BNCC: (EF03MA19) Estimar, medir e comparar comprimentos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (metro, centímetro e milímetro) e diversos instrumentos de medida.
Espaço: Sala de aula ou outros espaços da escola. 

PASSO A PASSO

1. Questione: Apresente à turma uma situação-problema em que os alunos precisam fazer uma medição para resolver. Pergunte, por exemplo, como descobrir o tamanho da quadra da escola ou da biblioteca. 

2. Deixe os alunos pensarem: é esperado que, ao apresentar o problema, as crianças já comecem a trazer diversas estratégias para descobrir a medida. A mais comum é que utilizem partes do corpo para medir, como o pé ou a mão. 

3. Ofereça materiais: deixe à disposição pedaços papel kraft (ou papel pardo) e canetinhas para que as crianças desenhem e construam a sua própria fita métrica, a partir da referência que escolherem.

Ilustração: Rafa Nunes/NOVA ESCOLA

4. Façam as medições: com as fitas prontas, chegou a hora de medir. Leve as crianças para o espaço escolhido para ser o cenário da situação-problema para que utilizem suas fitas métricas. Neste momento, é importante registrar o valor das medições para depois comparar os resultados.

PONTO DE ATENÇÃO: Se todas as crianças tiverem construído fitas métricas parecidas (isto é, se tiverem utilizado os palmos como estratégia e o tamanho da mão de cada um for muito semelhante), é possível que você, professor, crie sua própria fita métrica para servir de comparação. 

5. Conversem sobre a experiência: A partir das medições, proponha uma conversa sobre o exercício. Todos podem compartilhar a experiência e os resultados que obtiveram. 

6. Proponha a comparação: Para facilitar a análise, tabule os resultados na lousa. Questione sobre os valores de cada medição: se são iguais, se variaram e qual é a explicação disso. Aqui, é necessário incentivar os alunos a perceberem que a resposta varia conforme a fita métrica utilizada. Ou seja, eles devem perceber que não é possível definir que aquele espaço tem 10 pés para um e 12, para outro. 

Ilustração: Rafa Nunes

7. Discuta as medidas padronizadas: depois de perceberem a diferença dos resultados da medição, questione o que pode ser feito para resolver esse problema. A discussão levará à necessidade de ter uma unidade padronizada para garantir que todos têm a mesma referência. 

IMPORTANTE: Também é possível pensar em situações-problema que envolvam outras grandezas. A turma pode tentar descobrir a capacidade de uma jarra ou de um balde, que não tenha as medidas indicadas, usando garrafas e copos de diferentes formatos e tamanhos. 

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