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Que país é este?
Política é assunto para a rapaziada, sim! Vivemos uma avalanche de notícias sobre conflitos institucionais neste momento histórico. Por que estamos vivendo o que muitos chamam de ataque à democracia? Como falar sobre isso com os alunos? Confira os motivos para fazer do dia a dia do Planalto Central tema de estudo e confira dicas para abordar o tema
A política nacional rende pauta para os noticiários dia e noite e se faz presente nas redes sociais e nas conversas cotidianas. Com a pandemia, a atuação e articulação entre os Três Poderes se fez ainda mais necessária, e acentuou divergências entre as esferas acerca de quais medidas deveriam ser tomadas para melhor proteger a população e o sistema econômico, e em relação aos direcionamentos internacionais de combate e prevenção ao coronavírus.
Para a escola, deixar tudo isso de lado é quase impossível. Não só porque são assuntos que correm à solta na boca do povo e por toda parte, mas também, e principalmente, porque fazem parte do currículo – não somente as diferentes ideologias, mas também a política da participação e da democracia. No mais, os próprios estudantes têm dúvidas e expressam suas opiniões, além de ter a vida influenciada por decisões tomadas pelos eleitos como nossos representantes.
“O presente é um objeto de conhecimento, sobretudo das Ciências Humanas. Não tem como ficar à margem, e é um direito previsto na BNCC”, diz Sueli Furlan, professora de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
É na escola também que crianças e adolescentes devem ter a oportunidade de vivenciar a democracia, podendo participar de decisões que lhes dizem respeito. “Não se ensina nem se aprende sobre democracia ou se prepara a turma para a cidadania sem vivências de participação”, ressalta Sueli.
Integrando teoria e prática, os estudantes só têm a ganhar:
- entendem como funciona o regime político brasileiro, suas tensões, alianças etc.;
- aprendem a argumentar e a embasar suas opiniões em estudos e fatos concretos;
- compreendem sobre representatividade e participação política e como funcionam as políticas públicas relacionadas à vida e à terra privada e pública;
- enxergam a si mesmos como agentes políticos, ao mesmo tempo que se entendem como peças fundamentais da engrenagem democrática;
– não só no papel de eleitores como também de agentes que fiscalizam as ações dos políticos eleitos.
“É papel do professor instigar o estudante a compreender com base em estudos e pesquisas de onde vêm suas próprias posições, e as dos outros, para poder respeitá-las”, explica Sueli.
Clique no botão abaixo para baixar uma lista de sugestões que você pode explorar com os estudantes.
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