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A pandemia na boca do povo
Como ajudar a moçada a se apropriar de um assunto que tem novidades a cada dia e a se proteger de uma doença que não é só uma gripezinha
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o fato de que além de combater o novo coronavírus (covid-19) era preciso combater também o que foi chamado de infodemia - pandemia de informações falsas. O alerta não é à toa. Embora as fake news sejam sempre potencialmente danosas, agora isso está ainda mais explícito porque elas envolvem questões que podem comprometer a vida de milhares de pessoas mundo afora.
Claudio Bazzoni, professor de Língua Portuguesa do Colégio Santa Cruz, na capital paulista, explica que a confusão que as fake news geram nos leitores ocorre por elas se apropriarem das características que as notícias verdadeiras também têm e a que estamos acostumados, como o formato e a construção do texto e a estrutura visual dos sites ou dos cenários dos vídeos. O uso de fontes também provoca confusão, porém, as notícias falsas valem-se de nomes que não possuem a autoridade necessária para argumentar sobre o tema ou fictícios.
Com reportagens, dados e análises surgindo o tempo todo sobre a pandemia do novo coronavírus, é importante que a escola ajude os estudantes a diferenciarem informações verídicas das falsas. “Precisamos desenvolver o senso crítico dos alunos para que aprendam a checar e comparar diferentes fontes e saber se são seguras”, diz Bazzoni.
Uma das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), inclusive, é inteiramente dedicada à educação midiática, orientando que os educadores proporcionem oportunidades para a turma compreender e utilizar as tecnologias da informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
“Os estudantes precisam compreender que são produtores e reprodutores de informação, responsáveis pelo que publicam e compartilham. Agora é um momento rico para isso: não estamos lidando com opiniões, mas sim, com muitos dados, fatos e conhecimentos científicos, o que favorece, ainda, o trabalho interdisciplinar”, explica Luciana Hubner, assessora pedagógica escolar e coordenadora pedagógica do Prêmio Educador Nota 10, da Fundação Victor Civita.
Clique no botão abaixo para baixar uma lista de sugestões que você pode explorar com os estudantes.
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