2º Roteiro do gestor: Pensando sobre metodologias ativas em aulas a distância
Repasse com a equipe de professores as estratégias para trabalhar a autonomia dos alunos do Fundamental 1
Estimular a autonomia dos estudantes neste momento de distanciamento social é questão de ordem entre os educadores. Os alunos precisam de desafios para se manterem conectados e participativos no ambiente de ensino que não é mais a sala de aula. Neste contexto, a escola e o professor podem reforçar sua atuação como mediadores do ensino, instigando o aluno a buscar as resoluções para construir ele próprio a aprendizagem.
Para você, gestor, apoiar a sua equipe nesse trabalho, preparamos um Roteiro de Formação com o objetivo de conduzir um estudo coletivo sobre metodologias ativas úteis para esse momento de quarentena.
Aqui há sugestões de atividades detalhadas e materiais de apoio e referências bibliográficas, num formato que pode ser usado na íntegra ou adaptado. Lembrando que os Roteiros de Formação compõem uma sequência de atividades que durará até o final de julho.
Acompanhe abaixo as atividades sugeridas para reflexão e a aplicação de metodologias ativas.
ROTEIRO DE FORMAÇÃO NA PANDEMIA - 2
Como as metodologias ativas podem contribuir com o engajamento dos alunos em tempos de pandemia
Navegue por todos os roteiros da Série Especial:
- 1º Roteiro do gestor: reunião para replanejar 2020 nos anos iniciais do Fundamental
[VOCÊ ESTÁ AQUI] - 2º Roteiro do gestor: Pensando sobre metodologias ativas em aulas a distância
- 3º Roteiro do gestor: conduza uma reunião para abordar a Educação Integral
- 4º Roteiro do gestor: aprofunde as noções sobre Educação Integral
- 5º Roteiro do gestor: Ajude os professores a priorizarem na área de Linguagens
- 6º Roteiro do gestor: Como analisar uma aula real com a equipe docente
- 7º Roteiro do gestor: como organizar uma reunião de planejamento
- 8º Roteiro do gestor: como usar a Tertúlia Dialógica em prol da aprendizagem
- 9º Roteiro do gestor: atividade de observação entre pares
Indicado para: Coordenadores e diretores do Ensino Fundamental 1
Objetivo da reunião: Estudos de metodologias ativas para replanejamento das atividades com a BNCC
Duração da reunião: 2 horas
Ferramentas:
- Plataforma de interação síncrona (Zoom, Microsoft Teams, Skype)
- Ferramenta de produção conjunta de textos (Google Drive)
Leituras para os gestores:
-Artigo Um pouco da teoria das situações didáticas (tsd) de Guy Brousseau, de autoria de Paulo Jorge Magalhães Teixeira e Claudio Cesar Manso Passos.
-Texto Sequência didática e alunos autores: o que é preciso ter em mente?, de NOVA ESCOLA
-Texto “Sequências didáticas para o oral e para a escrita: apresentação de um procedimento”, que consta no Capítulo 4 no livro Gêneros Orais e Escritos na Escola, de Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e colaboradores (editora Mercado de Letras, 2010).
Leituras para os professores:
-Texto Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado, de NOVA ESCOLA
PASSO A PASSO
Antes da reunião
1. Faça um convite aos educadores: Indique o tema e os objetivos da reunião (uso de metodologias ativas no replanejamento dos conteúdos com a BNCC) e liste as atividades que serão realizadas no encontro remoto, que pode ser viabilizado por alguma plataforma de interação síncrona.
2. Prepare os professores para participar: Peça que o educador elabore uma atividade que, na avaliação dele, contemple o protagonismo dos estudantes e o trabalho colaborativo a partir das propostas didáticas. Este poderá ser um primeiro exercício para trabalhar, em grupo, as práticas que mais envolvam os estudantes na construção do conhecimento.
3. Prepare-se também: Sistematize os principais conceitos e práticas que envolvam métodos ativos de aprendizagem. Algumas leituras podem ajudar, mas é importante introduzir o tema aos poucos e ir construindo esse conceito a partir das práticas trazidas pelos educadores à reunião.
Durante a reunião
1. Apresente a temática a ser discutida: Convide todos para a plataforma escolhida e socialize os temas escolhidos pela equipe. Peça que indiquem no chat, com uma palavra, os sentimentos e expectativas para a reunião.
2. Conceitue o tema: Levante com o grupo o que conhecem sobre os métodos ativos de aprendizagem. Liste as contribuições em arquivo compartilhado (Google Drive) ou em ferramenta tecnológica de mural virtual (uma gratuita é a Mural, com instruções em inglês ). Por ser uma atividade de metacognição, isto é, de pensar sobre o pensar, trata-se de uma ação formativa de extrema importância e que deve ser utilizada como estratégia de formação porque permite que os professores reflitam sobre o que já sabem sobre o assunto. Explicite os objetivos de atividades metacognitivas e como elas podem apoiar os docentes a utilizarem-se de estratégias semelhantes com seus alunos.
3. Aprofunde a temática: Agrupe os professores do Ensino Fundamental 1 por ano e solicite que partilhem as atividades trazidas e escolham uma delas para destacar o método ativo de aprendizagem aplicado. No trabalho remoto, isso pode ser feito com a ajuda de ferramentas como o Google Meet ou o Zoom, nas quais existem recursos para criar salas específicas ou dividir a reunião.
4. Peça aos grupos que apresentem as atividades selecionadas e as justificativas da escolha: Nesse momento, é importante que o gestor vá sistematizando as principais ideias levantadas e promova sua ampliação, caso os conceitos fundamentais dos métodos ativos de aprendizagem não tenham sido contemplados. Sistematize os entendimentos construídos pelo grupo e apresente uma nova atividade em que se possa perceber o uso de metodologia ativa nas estratégias didáticas, como por exemplo, neste plano de aula.
Fechamento da reunião
Informe aos professores que você enviará uma cópia da sistematização realizada durante a reunião e compartilhará via Google Drive um plano de aula (pode ser um da NOVA ESCOLA), divididos por ano e disciplina, para que identifiquem os pontos sistematizados. Essa produção será utilizada como discussão da próxima reunião.
Consultoria: Sônia Guaraldo, doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e consultora do programa Formar, da Fundação Lemann, mantenedora de NOVA ESCOLA. Foi coordenadora pedagógica e diretora de escolas públicas, e secretária de Educação de Birigui (SP), entre 2008 e 2016.
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